terça-feira, setembro 26, 2006

T. S. Eliot

Foto: caricatura de Butterfield no 'Courier', T.S. Eliot (26/09/1888-1965),
Mary Evans Pictures Library

“[…]
E TINHA valido a pena, depois de tudo isto,
Depois da geleia, das xícaras, do chá,
Entre porcelanas, a meio de qualquer conversa de nós dois ,
Tinha valido a pena
Ter rematado o assunto com um sorriso,
Ter estreitado o universo numa bola
E fazê-la rolar, rumo a qualquer questão inevitável,
E dizer: “Sou Lázaro e venho de entre os mortos.
Voltei para vos contar tudo, vou contar-vos tudo” –
se alguém, ajeitando a cabeça dela na almofada,
Dissesse: “Não era nada disso que eu queria dizer.
Não é isso, nada disso.”

Canção de Amor de J. Alfred Prufrock, de T. S. Eliot

Sem comentários:

Google Custom Search