quarta-feira, novembro 22, 2006

Oeiras Internet Challenge... em Jogo

O conceito de jogo envolve distintas situações e matrizes. Existem pessoas que gostam de jogar roleta, outras futebol, ou ainda, mais recentemente, outras há que emergem no mundo dos jogos de computador... Em todos os casos prevalece a vertente de ficção e um conjunto de regras. Os jogos podem conter um cenário de fantasia ou, por outro lado, com base em temas reais, apresentar uma estrutura de tal forma atraente e amigável que resulte na combinação entre entretenimento e aprendizagem.

Segundo Danny Hillis, o jogo, no seu sentido mais amplo,

é uma actividade não dirigida, que se faz por puro prazer, por pessoas que não estão especialmente ensinadas [...] Por jogo entendo algo que se faz sem que se saiba bem como fazê-lo. Assim, persiste nele, fundamentalmente, a componente de aprendizagem.

Em paralelo, alguns teóricos atribuem às tecnologias de informação o papel de ferramentas de apoio à educação e aos processos de apreensão de conhecimentos. As tecnologias e os suportes multimédia e digitais permitem reforçar as experiências dos estudantes. Além do mais, como refere Danny Hillis, estas tecnologias podem ser "costumizáveis" e "ensinar-lhes tanto o que necessitam de saber como também quando necessitam de saber" (Newsweek, 2001).

A fantasia, o não dirigido, o prazer, as novas experiências e a curiosidade, são vias para o desenvolvimento criativo e para a promoção de novas aprendizagens.

Na mesma perspectiva, Steven Johnson, em Tudo o que é mau faz bem, refere

Não tenho quaisquer dúvidas de que jogar os jogos que existem hoje em dia desenvolve de facto a inteligência visual e a destreza manual, mas as virtudes dos jogos vão muito além da coordenação mão-olho. [...] Mas pode argumentar-se com segurança que o poder dos jogos de cativar tem a ver com a capacidade de atingir os circuitos naturais de recompensa do cérebro. [...] No mundo dos jogos, as recompensas estão em toda a parte. No universo abundam os objectos que proporcionam recompensas claramente articuladas: mais vidas, acesso a outros níveis, novos equipamentos, novos feitiços. As recompensas dos jogos são fractais; cada escala contém a sua própria rede de recompensas, caso se esteja apenas a aprender a usar o comando, a tentar resolver um enigma para arranjar mais dinheiro ou a tentar concluir a missão mais difícil do jogo.

E porque tudo isto tem a ver com o jogo e com desafios que têm por base as peças tecnológicas, fica a sugestão: 1ª edição do Oeiras Internet Challenge.


3 comentários:

* disse...

oeiras em movimento :-)
onde encaixas o raio do jogo de xadrez?? é que não lhe vejo nenhum prazer, talvez pq não me recompensa o cérebro?!
:-)

web disse...

Olá mónica,

Oeiras em movimento, é verdade! Quanto ao jogo de xadrez, talvez não o consideres um desafio suficientemente aliciante...
;)

* disse...

olá web
outro nome?
no xadrez não encontro o lado lúdico do jogo, não há prazer do jogo
"Os jogos podem conter um cenário de fantasia ou, por outro lado, com base em temas reais, apresentar uma estrutura de tal forma atraente e amigável que resulte na combinação entre entretenimento e aprendizagem"
é só mesmo raciocínio e rankings

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